segunda-feira, 1 de agosto de 2016

3º Bimestre - ATPC 01



O Primeiro da Classe: filme que conta a história de um professor com Síndrome de Tourette




É, sem sombra de dúvida, um belo filme! Que diga os professores! Afinal, o longa o Primeiro da Classe é uma obra que consta a história de um professor. Nessa, a vida pessoal é retratada juntamente à profissional.
Ao tempo que ambas visões são abordadas no filme, o destaque se dá para um tema pouco discutido: a doença. Só que aqui a abordagem se dá de forma mais estrita a uma enfermidade que pouco se conhece sobre: A Síndrome de Tourette.

A trama de O Primeiro da Classe é baseada em fato real, ou seja, aqui é retratada a vida de Brand Cohen, um professor estadunidense. 
O Primeiro da Classe começa abordando a vida infantil de Brand Cohen (James Wolk, personagem no filme) e logo as cenas mudam e passam a retratar até o final do filme, Brand Cohen adulto.

A história mostra os obstáculos que o professor enfrentou para conseguir um novo emprego na cidade  dos Estados Unidos para onde se mudou.

Todos os problemas e obstáculos enfrentados eram devido à Síndrome de Tourette que, à época (e também nos dias de hoje) pouco se conhece sobre. Os sintomas são, de fato, geradores de constrangimentos por parte de quem os tem. 

No entanto, em O Primeiro da Classe há diversas lições de vida. A primeira delas e que se destaca fortemente durante todo a obra, é a superação.
A superação em conjunto com a determinação mantém firme a personalidade de Brand Cohen. Este, apesar de viver aparentemente isolado do meio social, não perde em nenhum momento a característica sábia de sempre seguir em frente.

Outro destaque é para o amor ao que se faz. Brand Cohen, ama dar aulas e parece ter nascido mesmo para isso. As cenas que nos são apresentadas em O Primeiro da Classe nos levam a crer que o professor e alunos sempre se deram bem.

Obviamente que não poderia faltar outros temas nesta grande obra. Assim, destaco: o racismo, o preconceito, a inclusão social e a morte. Este último é retratado de forma sutil.

Fica, portanto, o meu convite para que assistam O Primeiro da Classe. Aqui, você tirará valiosas lições de vida. Não há dúvida que suas ideias mudarão significativamente após a observação desta obra.

Vale ainda uma dica para professores: ministrar uma aula onde seja assistido e após debatido esta obra. Assim, poderás abordar os temas já citados acima.

 

O filme nos faz refletir vários aspectos, um deles é  o "  ser  " diferente, de que maneira em sala de aula podemos contribuir para que o aluno supere suas dificuldades, mesmo sendo diferente.

Título Original: Front of the Class

Diretor: Peter Werner

Gênero: drama

Elenco: James Wolk, Dominic Scott Kay, Kathleen York, Treat Williams, Joe Chrest, Sarah Drew, Patricia Heaton e outros.

Lançamento: 2008

Origem: Estados Unidos

6 comentários:

  1. O interessante do filme, além da lições é claro, é que a educação nos EUA é bem diferente daqui, a formação do professor e de equipe é bem diferente e o ingresso não se dá por concurso e sim por entrevistas e análise de currículo, e é bem difícil conseguir uma vaga. Logo a estrutura das escolas é parecida, mas a sala de aula e os recursos são bem distantes da realidade daqui, o trabalho do professor é bem mais valorizado, percebemos que durante a última entrevista ele foi bem recebido, a equipe foi educada com ele, perguntou sobre sua formação e sua visão de ensino, mostrou-se interessada pela forma de trabalho do professor, ele teve liberdade de ensinar e aprender com os alunos, algo que não vemos na nossa realidade, eles são bem cobrados mas em compensação é dado recurso para que o mesmo possa ter liberdade de ensinar e aprender. Dificuldades todos nós enfrentamos durante toda a vida, no trabalho não é diferente, assim como o professor Cohen, sua maior dificuldade não foram os alunos e sim o sistema preconceituoso, que o achavam incapaz de dar aula, não julgaram sua competência mas sua doença, aqui infelizmente nos tolhem e julgam nossa competência como professor e o nosso valor para a sociedade.

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  2. Lucimere Rodrigues Dias2 de agosto de 2016 às 12:55

    Sobre a valorização do professor, é um outro aspecto a ser abordados, como já disse, o filme tem muitos assuntos a serem comentados. O que estou pedindo para ser refletido é sobre a dificuldade do aprendizado do aluno, como podemos contribuir para que o aluno supere suas dificuldades?

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    1. Agora é que vi a pergunta rsrsrsrsrs, fiquei procurando, procurando e agora é que observei que estava no final. A questão do diferente é relativo, todos nós somos (estatura, cor da pele, religião, etc) e isso já influencia as relações que temos uns com os outros, o fato de o professor ter a síndrome foi aceito pelas crianças, mas porque ele aceitou a doença, e falou sobre ela, conversou com as crianças com naturalidade, o que ajudou bastante na relação dele com as crianças. No dia a dia costumo não exagerar o tratamento entre os alunos que são "diferentes" por ter alguma deficiência, porque se você acaba tornando ela muito visível, os alunos também a tornarão, então se vejo que um aluno tem alguma deficiência trato com naturalidade, explico com mais detalhes, sento junto, dou exemplos mais concretos, uso muito linguagem gestual, isso ajuda no relacionamento com ele e a relação dele com os outros alunos, pelo menos na minha aula, e quando tem alguma gracinha preconceituosa, costumo questionar se todos somos iguais, se não temos defeitos, se somos tão inteligentes a ponto de questionar a inteligência do outro, se temos o direito de desrespeitar o outro porque nos achamos superior a ele.

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    2. Legal Professora, com essa atitude, os alunos acabam aceitando as diferenças sem preconceito, agindo com naturalidade diante das diferenças, não abre iniciativa para o bullying.

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  3. A dificuldade dos alunos muitas vezes está condicionado a problemas de ordem social. Quando se fala em inclusão, e se coloca um aluno em uma sala com 30 ou 35 alunos e esse mesmo aluno apresentando sérios problemas de aprendizagem e se acredita que o mesmo acompanhará o desenvolvimento da sua turma é desumano. Na realidade o que ocorre é que muitas vezes a aprendizagem desse aluno depende da boa vontade dos professores, já que muito è dificil oferecer um tratamento diferenciado para esse aluno e a atenção que ele necessita para um desenvolvimento pleno, muitas vezes se faz necessário um atendimento especializado o que não acontece com a politica educacional do estado, enquanto isso faremos o nosso melhor , orientando os pais e oferecendo a esses alunos atividades diferenciadas e estimuladoras para que ele não se sinta excluído com a inclusão.

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  4. Muito bem Professora, quando você afirma em oferecer atividades diferenciadas e estimuladoras para o aluno.

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