TRANSTORNO GLOBAIS DE DESENVOLVIMENTO(TGD)
O que é AUTISMO ou TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA?
A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.
O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.
Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.
Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.
As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.
As pessoas com Transtornos do Espectro Autista podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática
- A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;
- Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
- Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
- É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;
- Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
- A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
- Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;
Fonte:
http://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/
Três dicas para ajudar crianças com autismo em sala de aula.
Espero que esse material tenha ajudado como forma de agregar nossos conhecimentos e auxiliar em nossa gestão de sala de aula, porém ao fazer pesquisa, tendo como foco os nossos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, pouco encontrei que falasse sobre o Autismo nessa faixa etária.
Existe muito material como vídeos e pesquisa sobre a alfabetização para o autismo e como ensinar matemática para eles, porém pouco sobre processo de aprendizagem no Ensino Fundamental e Médio, o que deixa a pensar que ainda falta muito em pesquisa. Devemos aproveitar as pesquisas e relatos no processo de alfabetização para podermos entende-los ao chegar no Ensino Fundamental e Médio.
Atividade:
Compartilhe material ou relatos sobre Autismo no processo de aprendizagem.
O papel do professor
ResponderExcluirA escola oferece um ambiente propício para a avaliação emocional das crianças e adolescentes por ser um espaço social relativamente fechado, intermediário entre a família e a sociedade. É na escola onde a performance dos alunos pode ser avaliada e onde eles podem ser comparados estatisticamente com seus pares, com seu grupo etário e social.
Dentro da sala de aula há situações psíquicas significativas, nas quais os professores podem atuar tanto beneficamente quanto, consciente ou inconscientemente, agravando condições emocionais problemáticas dos alunos. Por exemplo, as crianças autistas não compreendem como se estabelecem as relações de amizade. Algumas não têm amigos, enquanto outras pensam que todos em sua sala de aula são seus amigos. Os alunos podem trazer consigo um conjunto de situações emocionais intrínsecas ou extrínsecas, ou seja, podem trazer para escola alguns problemas de sua própria constituição emocional (ou personalidade) e, extrinsecamente, podem apresentar as conseqüências emocionais de suas vivências sociais e familiares.
O professor tem que estar preparado para receber e perceber qual a aptidão do aluno autista, pois dessa forma o relacionamento professor /aluno fica mais fácil para o aprendizado do mesmo.
ResponderExcluirA escola deve oferecer recursos para uma melhor adaptação do aluno autista, pois sabemos a dificuldade de alguns em se relacionar, aceitar a aproximação, por vezes de consequências emocionais.
Portando o ideal seria ter uma escola e profissionais preparados para recebe-los
Gostei da dica de ir diminuindo a ajuda nas atividades, e as vezes é necessário mesmo ajudar 100%. Não é fácil para mim perceber a diferença entre a insegurança e resistência que o autista pode estar sentindo durante uma atividade, já vi caso de resistência que era de orientação familiar, algo lamentável. Mais uma vez a criança com necessidade especial precisa não só da escola e de profissionais, mas também de um ambiente familiar e social favorável para seu desenvolvimento.
ResponderExcluirLucimere ao ver o video que postou estava pensando justamente no que escreveu depois, muito material é voltado para o fundamental 1, olha só quanta dificuldade temos, se tivermos sorte de nossos altistas terem sido bem apoiados no ciclo 1, maior nossas chances juntamente com o professor de apoio de termos sucesso com essas crianças, e as crianças que nem fora diagnosticadas ou simplesmente ignoradas nesse ciclo básico tão importante na alfabetização e preparação para continuidade da vida escolar? Triste realidade.
Verdade Professor, ao anos vão se passando e o autista não tem suporte para acompanhar a trajetória escolar e acabam desistindo. Acredito que por esse motivo, não encontrei pesquisa realizadas com facilidade para os alunos do Ensino Médio e Fundamental.
ExcluirA prática pedagógica com o aluno autista exige do educador uma organização do seu trabalho. O professor deve propor estratégias no seu planejamento que possam ser alcançadas por esses alunos de maneira especial, desenvolvendo suas habilidades e competências, buscando promover a plena participação de todos no processo educativo.
ResponderExcluirA construção de propostas inclusivas deve ser condizente com a realidade de cada criança em seu contexto escolar específico.
O professor deve estabelecer um viés de comunicação com a família a fim de identificar os interesses do seu aluno, como também o que o deixa mais irritado ou insatisfeito.
Maciel e Filho (2009) destacam em sua abordagem a experiência de uma mãe que desenvolveu com seu filho autista métodos pedagógicos favorecendo a sua aprendizagem a partir daquilo que ele mais gostava de fazer. O comentário abaixo retrata um pouco dessa vivência:
Desenvolvemos um método centrado em músicas, uma das coisas que mais lhe dá prazer, visando a sua aprendizagem do conteúdo sistemático. Atualmente, fazemos a adaptação do conteúdo pedagógico para ser trabalhado em classe regular, pesquisando obras que cantem os temas estudados e montando apostilas com breves comentários e muitas figuras ligadas às letras pesquisadas. (MACIEL; FILHO, 2009, p.229).
A citação acima descreve uma experiência pedagógica exitosa que contribuiu para o desenvolvimento dessa criança em vários setores de sua vida.
A experiência favoreceu a capacidade de concentração, pois a criança deveria estar centrada na canção para acompanhar o conteúdo trabalhado e por consequência as imagens e os comentários que delas seguiam.
Prof. Eva (Filosofia)
Muito bem Professora, seu relato sobre a música é uma boa sugestão de prática pedagógica.
ExcluirProf. Herculano.
ResponderExcluirNo que eu entendi o processo de aprendizagem para um TEA é?
Em muitos aspectos da vida, o que se sabe é que, nossos gestos falam muito mais do que nossas próprias palavras, portanto, ao se trabalhar com uma criança autista, não somente o professor, mas toda a equipe escolar deve enfatizar a questão social, os valores da amizade, do carinho, do afeto, do amor e da importância do próximo e, também, compartilhar
sentimentos e interesses. Certamente se toda escola trabalhar esses pontos a compreensão do aluno autista será facilitada, em razão de que ele estará envolvido diariamente em um meio social.
Também não podemos esquecer do acompanhamento médico, juntamente com os trabalhos dos pais,educadores e terapeutas, a fim de desenvolver nesta criança as áreas cognitivas, afetivas e relacionais. Mesmo assim o sistema ainda e muito falho, pois ainda vivenciamos a criança autista na inclusão escolar sem o apoio do profissional especializado ao seu lado, assim dificultando todo o trabalho do professor de sala de aula que acaba o excluindo naturalmente dos demais.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRicardo Oliveira
ResponderExcluirAcho que o Estado peca por não oferecer um material de apoio para esses casos. Sempre bato nesta tecla, o caderno do aluno não atende nem os alunos que encontra-se abaixo do básico, imagina se satisfaz um aluno autista? Depois falam que o professor deve trabalhar de forma diferenciada... mas nem os livros didáticos trazem sugestões de atividades para suprir esses casos.
Tenho alguns alunos com TEA e realmente tem que agir com com muito jeitinho e cada um tem suas características peculiares.Não conhecia as dicas que fotam faladas no vídeo , sempre é importante saber como lidar com alunos que necessitam de um pouco mais de atenção.
ResponderExcluirAutismo e suas peculiaridades, trabalhar com alunos autistas requer muita observação e paciência, pois dependendo do grau se torna um pouco mais complexo, porém estaremos sempre evoluindo como seres humanos em tal vivência, pois afinal quem não é deficiente ?
ResponderExcluirPara o educador trabalhar e desenvolver seu planejamento com alunos com autismo temos que saber o grau desse educando para desenvolver as atividades e esse aluno precisa de acompanhamento em sala de aula,para conseguir acompanhar os outros educandos
ResponderExcluirA criança que se apresenta nessa condição tem que ser oferecida oportunidades de convivência com outras da mesma faixa etária para estimular suas capacidades interativas, impedindo o contínuo isolamento, acredito que a escola está cumprindo com esse papel, mas o grande desafio está na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, desses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
ResponderExcluirEdna Maria S.Souza